segunda-feira, 7 de julho de 2014

Adolescente morre baleado em festa de som automotivo em Taquaral, SP


Um adolescente morreu e outras três pessoas ficaram feridas na madrugada deste domingo (6), durante uma briga em um campeonato de som automotivo em Taquaral (SP). Caíque Henrique Simão, de 18 anos, que era primo do organizador do evento, não resistiu a um tiro no peito dado por um desconhecido, que teria se ofendido após participantes da festa mexerem com a namorada dele. Segundo o boletim de ocorrência, o jovem, que completaria 19 anos na próxima terça-feira (8), foi atingido no coração. O autor dos disparos, que seria de Jaboticabal (SP), fugiu após o crime. A Polícia Civil investiga o caso e vai pedir imagens de câmeras de segurança de residências próximas para tentar identificá-lo.
As atividades que estavam previstas para o restante do evento foram canceladas. O organizador do campeonato, Jorge Machado, afirma, apenas, que cinco homens faziam a segurança do recinto, em terreno cedido pela Prefeitura. Segundo ele, 150 pessoas participavam da festa, que estava em sua quinta edição.
As outras três vítimas foram Bruno Augusto da Silva, de 18 anos, atingido no ombro, Renan Henrique Francisco, de 21, que levou um tiro no braço e dois de raspão, e Samuel Augusto de Souza, também com 21, que foi baleado no peito. Eles estão internados no Hospital Municipal Júlia Pinto Caldeira, em Bebedouro (SP). Bruno e Renan estão fora de perigo e passam bem, segundo parentes. Samuel foi encaminhado para o Centro de Terapia Intensiva (CTI). O hospital informou ao G1, por telefone, que não poderia passar detalhes sobre o estado de saúde dos pacientes.
A mãe de Bruno, Cecília Augusto de Angelis, conta que todos os baleados eram amigos. Ela conversou com o filho, que está com a bala alojada no ombro. “Ele diz que foi tudo muito rápido, que ouviu dois tiros e correu para pegar meu sobrinho. De repente, teve um barulho muito forte e o ouvido dele começou a doer. Sentiu o braço adormecer e percebeu que tinha sido atingido. Aí, foi correndo para o posto de saúde”.
                                                                               Caíque

A confusão teve início por volta de 1h20. De acordo com Suzamara Moreira Faustino, que trabalhava no bar da festa e também é prima de Caíque, o volume do som da boate instalada no local estava muito alto e que, por isso, não consegue explicar direito o que aconteceu. “A gente estava servindo a bebida e, de repente, a multidão começou a correr. Escutamos quatro estampidos e achamos que fosse uma moto acelerando. Foi quando vimos o meu primo no chão, baleado”.
Uma testemunha que não quer se identificar declara que viu o começo da discussão e o momento em que o suspeito saiu do recinto para pegar uma arma no carro. “Ele voltou já atirando, em direção onde estava o Caíque”. Ela confirma que o motivo da briga foi ciúme, mas descarta que o adolescente assassinado tenha mexido com a namorada do outro. “Foram outros meninos. Ele atirou em quem queria, mas acertou na pessoa errada”.
Ainda segundo a testemunha, o autor dos disparos havia bebido muito durante a festa. “A toda hora, ele passava com cerveja e uísque”. E conta que conseguiu ver a placa do carro antes da fuga do agressor. “Era de Jaboticabal. Se mora lá, não sei, mas certeza que não é de Taquaral”.
Aparecido Donizete Machado, tio de Caíque, diz que a família está revoltada e quer justiça. “A mãe, que é pobre, gastou tudo o que tinha para dar um estudo para ele. Agora, acontece uma coisa dessas. Eu só queria ficar frente a frente com o rapaz que atirou e perguntar: ‘por que é que você fez isso?’”.
Fonte: EPTV -  Ribeirão Franca.