quarta-feira, 21 de julho de 2010

HISTÓRIA DA CIDADE DE TAIUVA


O surgimento de TAIÜVA está ligado ao avanço da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, na sua marcha de penetração, vindo de Jaboticabal e Barretos.
O primeiro núcleo de habitantes, de que se tem noticia dentro dos limites do atual Município de Taiúva, data de 1.901, quando o português Antonio Ribeiro Barata e Francisco Ribas, levantaram o primeiro esteio. Edificaram um barracão de madeira, onde montaram um armazém de secos e molhados e instalaram uma panificação.
Quando a ferrovia atingia a serra de Ibitirama, os trabalhadores e seus engenheiros supriam-se no armazém daqueles pioneiros. Novas construções foram surgindo e a paisagem começa a modificar-se.
Em 1.902, João Faria e José Mineiro, cortaram uma árvore, da propriedade do Senhor Pedro José Pedrinho, que depois de lavrada, fabricaram um cruzeiro com o qual foi levantado no local onde seria construída uma capela, onde então, atraídos pela fertilidade do solo, antevendo progresso com a inauguração da Estação da Paulista, começaram a aportar novas famílias.
Naquele local, onde a estação estava sendo construída, devisava-se num tronco de cedro, a inscrição ITAYUVA.
Neste mesmo ano de 1.902 os habitantes do lugar promoveram a celebração de uma missa campal pelo vigário de Jaboticabal, Cônego Núncio; em fins de 1.902, quando a estrada de ferro já era uma realidade, o local já era conhecido por TAIÚVA, com a efetivação da construção de um edifício da Companhia Paulista. A estação estava inaugurada. Nova celebração foi promovida, era uma missa inauguradora da capela de cujos trabalhos datam de princípios de 1.903.
Concluída, foi adquirida uma imagem de Santo Antonio, escolhida pelos moradores como seu padroeiro. O primeiro capelão foi o Reverendíssimo Fernando Louzada, que exerceu o cargo até fevereiro de 1.911.
SAabe-se que desde 1.890 já haviam fixado residência e naquelas alturas donos de terra, os irmãos José, João, e Antonio Simões de Freitas, Antonio Basílio da Cunha, Antonio Zeferino Gonçalves e José Elias Lopes.

A primeira Professora em Taiuva foi a Senhora Ana de Oliveira Ferraz. Foi ela responsável pela formação cultural da primeira geração de Taiuvenses, sendo que muitos deles alcançaram um papel preponderante no campo da ciência, comércio e indústria, tais como: Dr. João Cambaúva, Dr. Dorival Cardoso etc...
Para se ter uma idéia do vertiginoso surto de progresso que Taiúva assistiu em apenas cinco anos, basta dizer que já em 1.907, a nossa população era de aproximadamente 1000 habitantes. Existiam mais ou menos 200 casas, numerosas fazendas de café, várias máquinas de beneficiar café e arroz, quatro hotéis, duas farmácias, dois médicos e um cirurgião-dentista. A estação da Companhia aulista era a mais movimentada da região.

Em 8 de abril de 1.908, fundou-se o primeiro jornal, sendo seus diretores os Srs. Lindolpho Maia e Ernesto de Carvalho. Ao lado do jornal duas fábricas de cerveja e gasosa surgiram, da propriedade dos senhores José Bordignon e de Lopes e Ricardo.
Em 8 de Abril de 1.909, toma posse o primeiro Sub-Prefeito, o Dr. Emilio Winther Crino. Porém o desejo do nascimento de uma sociedade política capaz de garantir a sua verdadeira integração social onde a sua sombra pudesse intensificar as relações de natureza econômica, política e social, levou um grupo de idealistas, tais como: Dr. Joaquim Alexandre Buck; Carlos Frederico Gianini, Osvaldo Pereira; José Pedro Rapetti; Caetano Pitelli, Cezar Zambrano; Dr. João Romitto; João Silveira Rocha e Tantos outros, a trabalhar em pról de Taiúva Município. Esta pleidade de homens viu logo a idéia concretizada, graças ao apoio do senhor Auro Soares Moura Andrade, na época Deputado Estadual. Logo o primeiro passo foi dado com a convocação de uma assembléia pública, a qual foi realizada no auditório do Cine Carlos Gomes. Desta reunião foi designada uma comissão composta pelos senhores:
Presidente: Cel. Joaquim Gonçalves Colletes
Vice-Presidente: Dr. José Caubi Campello Bessa
Secretário: Dr. Joaquim Alexandre Buck
Tesoureiro: Carlos Frederico Gianini
Membros: Osvaldo Pereira; Caetano Pitelli; Dr. João Romitto;
João da Silveira Rocha; Alfredo Bernardes de Souza; Augusto Gonçalves Colettes.
Um dos primeiros frutos colhidos pelo trabalho da comissão foi à determinação dos órgãos competentes para realização de um PLEBISCITO, que ocorreu no dia 24 de outubro de 1.948 com votação unânime na chapa SIM. Finalmente em dezembro de 1.948, foi votada, pela Assembléia Legislativa do estado, a lei que criava o Município de Taiúva, desmembrando-o de Jaboticabal. Nesta fase decisiva da história de Taiúva, nunca é demais lembrar da ajuda emprestada pelos Senhores Dr. Auro Soares de Moura Andrade; Dr. Euclides Castro Carvalho; Dr. Ulisses Guimarães e Dr. Antonio da Cunha Bueno. Efetivada a criação do Município de Taiúva, realizou-se no dia 13 de Março de 1.949 a eleição Municipal para escolha dos seus primeiros mandatários. Foram eleitos os seguintes cidadãos:

Prefeito Municipal: Dr. José Caubi Campello Bessa
Vereadores: Eloy Gonçalves Colletes; Jorge de Oliveira,; Danton Ribas; Pedro Spina; Bernardino Pedrinho Lopes; José Gonçalves da Fonseca; Olavo Gonzales; Joaquim Gonçalves Colletes; Sebastião Fernandes; Sérgio Lançoni; Osvaldo Pereira; Caetano Pitelli e José de Alencar Pereira.
A posse foi efetivada no dia nove de abril de 1.949, que se tronou a data comemorativa da emancipação do Município.

HINO DE TAIÚVA


I
Para a frente,
Para a frente,
Sou Taiúva a marchar
Conclamo a minha gente
Nesta hora a Cantar
A cantar... A cantar...
Nas oficinas e searas
Meu constante labutar

II
Minhas messes copiosas
Ofertas esperanças e fé
Sou Taiúva dadivosa
Do algodão ao café

III
Juventude e beleza
Mago ardor varonil
Espalham a grandeza
Do meu risonho porvir

IV
Amora Branca é vestido
De terna noiva a sonhar
Canto ao Brasil querido
Lirismo do verbo amar.

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